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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

UCI tem novas regras para MTB na temporada de 2023

UCI com novas regras para o MTB | Foto: Davi Corrêa
Novas regras da UCI começam a valer em 2023 | Foto: Davi Corrêa


Para a temporada de 2023, a UCI preparou uma série de mudanças nas e implantou novas regras nas provas de MTB. Algumas alterações são leves e outras são maiores e podem afetar competições que acontecem no Brasil.

Entre as mudanças da UCI para a temporada 2023 de MTB, é a liberação do uso de rádios de comunicação entre os ciclistas e suas equipes nas etapas de Copa do Mundo ou sob autorização da entidade máxima do esporte.

O uso dos rádios de comunicação já presente nas provas de estrada há anos. Com as mudanças da UCI, o dispositivo chega ao MTB devido à entrada das provas de XCM na programação da Copa do Mundo. Acredita-se que no MTB o aparelho terá uma função mais prática e menos estratégica, ao contrário do que ocorre no ciclismo de estrada.

A adição dos Sub-23 em mais eventos do calendário para o ano de 2023 também é um dos destaques das mudanças apresentadas pela UCI para o MTB. Agora os ciclistas dessa categoria vão ter provas de XCC para disputar, o que vai dar a eles mais oportunidades e exposição na mídia. E mais, a partir de 2024 haverá XCC da categoria Sub-23 no Campeonato Mundial de MTB.

Mudanças podem impactar MTB no Brasil


O Brasil também deve ser impactado pelas mudanças apresentadas pela UCI para o MTB. A entidade estipulou novas regras para provas Hors Class (HC), que garante muitos pontos aos ciclistas.

Com as novas regras da UCI, é necessário ter ao menos 8 ciclistas do Top 50 Ranking UCI de cada gênero. Somado a isso, o incremento de 5 para 10 nações estrangeiras presentes no evento. Essa novidade deixa o processo mais difícil para a realização de provas com pontuação Hors Class.

Um adendo é que também haverá a necessidade dos três anos anteriores terem sido Hors Class e os ciclistas Sub-23 correndo na categoria própria destinada a eles, o que geralmente não ocorre no Brasil.

E há ainda mais mudanças e novas regras da UCI para o MTB. Resta aguardar o início da temporada para avaliar se as novidades serão boas ou prejudiciais ao esporte.
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Venda de bicicletas teve queda de 35% em 2022, aponta levantamento

Venda de bicicletas teve queda em 2022 | Foto: Davi Corrêa /  Foto e Bike
Levantamento da Aliança Bike apontou recuo na venda de bikes | Foto: Davi Corrêa / Foto e Bike


Um levantamento feito pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) com lojistas do Brasil apontou uma queda de 35% no número de vendas de bicicletas no país no ano de 2022.

De acordo com a Aliança Bike, as vendas da bicicletas de entrada foram as que tiveram maior queda no número de vendas. Já as bikes de valor mais elevado e as importadas sofreram menos, apesar de também registram decréscimo.

O vice-presidente da Aliança Bike, Rodrigo Coelho, explica que o resultado da pesquisa retrata bem a situação atual do mercado brasileiro de bicicletas. "Pode-se dizer que esse decréscimo de vendas era até esperado, por conta da alta recorde que tivemos nos dois anos anteriores", conta.

"Ainda estamos vivendo um momento em que o mercado está retraído, mas a tendência é melhorar, já que é como o mercado funciona. A hora é de trabalhar com inteligência, manter o mercado abastecido e gerir os estoques para que as vendas retomem um viés de alta", complementa Rodrigo.

O cenário do mercado em 2022 levou as de vendas de bicicletas para o mesmo patamar do período pré-pandemia. Ao avaliar, por exemplo, o ano de 2020 (auge do período pandêmico), as vendas de bikes bateram recorde no Brasil, superando do o crescimento do ano anterior. A situação em 2021 continuou positiva, apenas com um recuo de 2%.

Saturação do mercado e medo do endividamento são causas principais


De acordo com a Aliança Bike, os lojistas entrevistados indicaram que três fatores atuando em conjunto são os principais responsáveis pela redução nas vendas de bicicletas novas e usadas no Brasil.

O primeiro deles é a saturação do mercado com bicicletas usadas, adquiridas durante a pandemia, e que agora estão sendo vendidas pelos próprios ciclistas. Isso porque, com as medidas de distanciamento social adotadas, muitos optaram pela bike como forma de manter uma atividade física ao ar livre, ou mesmo para fugir do transporte público, situação que não se sustentou com o retorno à "normalidade".

Além disso, a queda do consumo familiar por conta da atual crise econômica também é apontada como uma das principais causas da atual situação do mercado. Por fim, a elevação da taxa SELIC para conter a inflação gerou um receio de endividamento e falta de disponibilidade de crédito, afetando diretamente a venda de bicicletas de gama mais elevada. 

"Em 2020, os lojistas que tinham bicicletas venderam bem, já que na pandemia a bike tornou-se uma opção de exercício ao ar livre, gerando uma explosão de consumo. Chegando em 2021, a falta de componentes gerou atrasos nas linhas de produção, e por isso vendemos menos do que poderíamos. Além disso, muita gente que comprou bike no ano anterior, mas não se manteve no esporte, acabou colocando o equipamento para vender por conta própria, e isso dificultou o trabalho dos lojistas", explicou Adriana Costa, proprietária da Sports Indaia Bike Shop, loja de Indaiatuba, São Paulo, que já está no mercado há 12 anos. 

"Já 2022 não foi ruim, mas também não dá para considerar um ano bom. Muitos eventos tiraram a atenção, como a Copa do Mundo e as eleições. Imagino que 2023 será um ano desafiador. Em minha loja não faremos grandes compras para não nos endividarmos", complementou. 
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Desafio dos Gigantes Internacional é confirmado para Petrópolis

Petrópolis recebe Desafio de Gigantes de MTB | Foto: Davi Corrêa / Foto e Bike


O Desafio dos Gigantes Internacional vai desembarcar em Petrópolis (RJ) pela primeira. Organizada pela Avelar Sports, a competição de MTB acontecerá entre os dias 10 e 12 de março no Villa Itaipava Resort & Conventions.

As datas do Desafio dos Gigantes foram divulgadas na quinta-feira (19 de janeiro), na mesma ocasião em que Henrique Avancini anunciou qual será a sua equipe para a temporada de MTB de 2023.

O Desafio dos Gigantes, em Petrópolis, terá três provas válidas pelo ranking mundial, além de uma maratona de amadora de 20 km e 40 km. Também é válido destacar que o Desafio dos Gigantes vai distribuir 105 pontos que serão fator de relevância para quem pretende disputar os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

A realização do Desafio dos Gigantes irá animar os apaixonados por MTB em Petrópolis. A cidade, que em 2022 sediou uma etapa da Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB) e da Copa do Mundo de MTB, estava sem eventos desse porte programados para 2023, tendo em vista que nenhum dos dois grande eventos do ano anterior voltarão à cidade no ano corrente.

Realização do Desafio dos Gigantes em Petrópolis conta com o apoio da prefeitura municipal e do ciclista petropolitano Hernique Avancini, novo atleta da Caloi para esta temporada.

Os atletas terão duas provas de XCO - Cross Country Olímpico sendo uma Classe 2 e outra Classe 1, e mais um XCC - Short Track da Classe 3. O Desafio dos Gigantes também ajudará os países na obtenção de vagas para o Sul-Americano de MTB, que será realizado no fim do ano.

São esperados atletas de mais de 10 países e 1200 participantes. A expectativa é realizar a maior corrida de Mountain Bike da história do estado do Rio de Janeiro. ''O local é aconchegante com estrutura de primeiro mundo para receber os melhores atletas do Brasil e do mundo. O evento ganha importância por ser válido como pontuação para a busca das vagas olímpicas'', disse Felipe Avelar. ''Para 2023 o evento vem com um novo formato voltado para atrair grandes nomes do MTB mundial seguindo sua linha de provas ao vivo narradas em três idiomas''.

O Desafio dos Gigantes tem o objetivo de fazer do Brasil o país referência para os grandes times do mundo fazerem sua base e pré-temporada. No Villa Itaipava Resort & Conventions, Henrique Avancini está construindo uma pista que será aberta ao público em geral.

Os regulamentos de cada etapa e as inscrições já estão disponíveis no site oficial do Desafio dos Gigantes.

Foto: Davi Corrêa / Foto e Bike
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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Henrique Avancini vai deixar Cannondale Factory Racing, apontam rumores

Henrique Avancini pode deixar Cannondale - Foto: Davi Corrêa / Foto e Bike


Rumores indicam que após 7 temporadas Henrique Avancini vai deixar Cannondale Factory Racing no final da temporada de MTB de 2022. As especulações, ainda sem confirmação, foram apresentadas por um portal espanhol sobre ciclismo que aponta também outras possíveis alterações no cenário do MTB mundial.

A temporada de 2022 foi bastante anormal para Henrique Avancini. O brasileiro teve resultados abaixo daquilo que costuma performar nos eventos internacionais. Depois do Campeonato Mundial de XCC, o ciclista chegou a comentar que o resultado era "difícil de digerir".

Caso seja confirmado que Henrique Avancini vai deixar Cannondale Factory Racing, como especulado pelo portal espanhol Brujula Bike, é possível que a equipe busque uma colega de time para Mona Mitterwallner.

Especulações sobre mudanças no MTB para 2023


Além das dúvidas sobre se Henrique Avancini vai deixar a Cannondale Factory Racing, o portal Brujula Bike ainda apurou outras especulações que prometem movimentar o mercado de ciclistas para a próxima temporada de MTB.

Entre os rumores está um do atleta muito cobiçado e bastante carismático. Trata-se do chileno Martín Vidaurre, campeão da Copa do Mundo Sub-23 e que saltará para a elite em 2023. Em princípio, o ciclista deve ir para a SCOTT SRAM. Porém Vidaurre também pode estar no radar da Specialized Factory Racing como possível substituto de Gerhard Kerschbaumer.

Maxime Marotte e Martín Vidaurre em Petrópolis - Foto: Davi Corrêa / Foto e Bike


Outro nome que deve mudar de equipe para 2023 é o francês Maxime Marotte. O nome dele é um dos cotados para assumir a vaga deixada por Stephane Tempier na Rockrider Racing Team e colaborar com um dos objetivos principais do time: os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Lars Forster ou Andri Frischknecht vão deixar a SCOTT SRAM. Como a equipe está interessada pelo elo chileno Martín Vidaurre, é possível que Forster ou Frischknecht, que estão em final de contrato, deixem o time.

Por último, mas não menos importante, assim como o rumor de que Avancini vai deixar Cannondale Factory Racing causa impacto, a possibilidade de que Pauline Ferrand Prevot trocar de equipe também causa surpresa. Atual campeã mundial de MTB XCO e XCC pode deixar a Absolute Absalon.

Confira mais informações sobre todos estes rumores no site Brujula Bike.

Fotos: Davi Corrêa / Foto e Bike
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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Circuito Tchotchomere de MTB XCM 2022 realiza sua 5ª etapa

Ciclistas na etapa 3 do Circuito Tchotchomere - Foto: Davi Corrêa


A cidade de Nova Iguaçu vai receber a 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB XCM 2022. A prova será realizada no domingo, 28 de agosto, e vale pontos para o ranking da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecierj).

São esperados cerca de 300 ciclistas para disputar a 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB. A prova vai acontecer no Paradiso Club, em Nova Iguaçu, e terá 20 categorias válidas para o ranking Fecierj.

Ao todo são 28 categorias solo e duas serão disputadas em dupla.

Fotógrafos do Fotop no Circuito Tchotchomere de MTB


Além de toda a estrutura oferecida pela organização da prova, a 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB vai contar com a presença de fotógrafos parceiros do Fotop para registrar o evento para garantir aos ciclistas fotos incríveis para eternizar o momento.

As fotos vão estar disponíveis no site www.fotop.com.br a partir do dia 29 de agosto. Ao acessar o site, basta o interessado pesquisar por Circuito Tchotchomere de MTB 2022 e buscar pelos registros da 5ª etapa. Para localizar as suas fotos, basta o atleta informar o número que usou na prova.

Percurso da 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB


A disputa do XCM será composta por quatro voltas em um circuito de 15 km. Nem todas as categorias irão fazer todas as voltas no percurso, mas oficiais deverão percorrer o trecho completo.

Para os ciclistas federados serão quatro voltas no percurso, o que vai somar um total de 60km e 760m acumulados em altimetria (190m por volta).

Além disso, o responsável pela organização da prova, Nininho Perez, divulgou um link do Strava com o percurso para que os ciclistas que não são da região de Nova Iguaçu possam se familiarizar com o mapa do circuito e também da altimetria.

Retirada dos kit para o Circuito Tchotchomere de MTB


Os kits são compostos pelo chip, placa com numeral, pulseira com direito à medalha e acesso ao parque aquático do Paradiso Club para o atleta e dois acompanhantes.

Os ciclistas inscritos para a 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB devem retirar os kits no dia da prova na arena do evento entre 6h e 8h da manhã.

Atleta competindo em etapa do Circuito Tchotchomere - Foto: Davi Corrêa


O organizador da prova, Nininho Perez, reforça que os ciclistas tenham atenção aos documentos necessários para fazer a retirada dos kits para participar da 5ª etapa do Circuito Tchotchomere de MTB.

Atletas federados deverão apresentar documento original com foto e carteirinha da Fecierj impressa ou imagem da mesma via celular. Para os ciclistas das demais categorias basta apresentar um documento original com foto.

Uma atenção especial também deve ser dedicada aos atletas menores de idade que vão disputar a 5ª Circuito Tchotchomere de MTB no dia 28 de agosto. Para eles, além dos documentos listados acima, é preciso apresentar os documentos do responsável e um termo de responsabilidade assinado pelo responsável legal.

Sorteio durante 5ª etapa Circuito Tchotchomere de MTB


O organizador do Circuito Tchotchomere de MTB, Nininho Perez, também divulgou que vai haver um sorteio promovido pela SMS Bike Shop. Serão três peças de vestuário e todos os presentes no local poderão concorrer.

Para concorrer, basta seguir as regras informadas no Instagram @smsbikeshop.

E aí, já está preparado para disputar esta prova no dia 28 de agosto? Então bora competir e desfrutar de toda a aventura e emoção que uma prova de MTB proporciona.

Fotos: Davi Corrêa / Foto e Bike
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terça-feira, 17 de maio de 2022

Caminho do Imperador está proibido para ciclismo por ser área de preservação



No dia 1º de maio, ciclistas de Petrópolis (RJ) se surpreenderam com a notícia de que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estava fazendo uma ação no Caminho do Imperador e aplicando multa com a justificativa de aquela é uma unidade de conservação ambiental e que o acesso é proibido. O blog Foto e Bike foi atrás de informações e preparou esse conteúdo com informações importantes sobre o que aconteceu ali e o que os apaixonados por ciclismo podem fazer.

Por que o ICMBio proibiu ciclismo e outros esportes no Caminho do Imperador?


A ação do ICMBio foi na área da Reserva Biológica do Tinguá (Rebio do Tinguá) e ocorreu integralmente no município de Petrópolis. O fato pegou muitos ciclistas de surpresa, pois o Caminho do Imperador é muito utilizado para treinos, passeios e cicloturismo, além de fazer parte da Caminhos de Nossa Senhora - rota cicloturística que sai do Rio de Janeiro e vai até o Santuário Nacional de Aparecida.

Segundo informações publicadas pela Rebio em suas redes sociais, o objetivo "era coibir a prática ilícita de MotoCross no interior da Reserva Biológica do Tinguá na localidade conhecida como trilha do facãozinho", cuja área está inteira dentro da zona de proteção. Na ocasião, eles recolheram algumas motos e aplicaram multas que chegaram aos 10 mil reais, como mostra um vídeo publicado pelo De Bike na Montanha.

Para entender melhor o que foi essa ação e os motivos que levaram o ICMBio a proibir a prática do ciclismo, cicloturismo e outras atividades esportivas no Caminho do Imperador, o blog Foto e Bike conversou com o educador ambiental e historiador, Anderson Maverick, que há 25 anos atua na defesa do meio ambiente, sobretudo nas áreas de conservação.

Tipos de unidades de conservação próximas do ciclista


O ciclista praticante de mountain bike e cicloturismo sempre está em contato próximo com a natureza e esse ambiente, por vezes, está incluído em normas de proteção. As unidades de conservação ambientais são dividias em dois tipos: proteção integral ou uso sustentável. De acordo com Anderson Maverick, o ponto comum é que em ambos "o homem tem de cuidar para preservar aquilo que existe do bioma", no caso específico do Caminho do Imperador, a mata atlântica.

"Essas unidades de conservação são uma estratégia da sociedade civil e também do governo para a manutenção dos ecossistemas ligados à biodiversidade da mata atlântica e outros biomas que existem no Brasil, como caatinga e floresta amazônica, por exemplo", explicou.

Ciclista durante Brasil Enduro Series em Petrópolis
Próxima da natureza, ciclista participa do BES 2017 no Caxambu, Petrópolis - Foto: Davi Corrêa
Dentre os dois tipos de unidade de conservação ambiental, as de proteção integral possuem um regramento mais rígido. Nessas áreas as práticas de atividades físicas e esportivas, como é o caso do ciclismo mountain bike e ciclotursmo, não são permitidas. Quem desrespeita a norma está sujeito a multas, conforme previsto em lei, e ainda pode responder por crime contra o meio ambiente. 

No caso dos ciclistas, o valor da multa por desrespeitar a proibição de acesso ao Caminho do Imperador pode variar de R$ 1.010,00 até R$ 1.500,00, de acordo com informações obtidas pelo blog Foto e Bike junto à APA Petrópolis.

Caminho do Imperador está em unidade de conservação


Uma breve história do Caminho do Imperador pode ser vista no site da prefeitura de Paty do Alferes, mas, em resumo, o trecho levou anos para ser concluído e foi finalizado pelo engenheiro Otto Reimarus, em 1838. Anverson Maverick conta que "esse caminho era uma antiga ligação que ficava entre a região serrana do estado do Rio de Janeiro, onde a cidade polo era Petrópolis, e o interior do estado pelo vale do rio Paraíba do Sul. Na década de 1970, começou a se ter uma ideia de proteger esse vasto território onde a mata atlântica ainda é muito bem preservada".

Mata atlântica no Caminho do Imperador - Foto: Davi Corrêa
Mata atlântica no Caminho do Imperador - Foto: Davi Corrêa
Ao blog, Maverick ressaltou que é bom praticar MTB ou ciclcoturismo em um local antigo e dentro de uma floresta, mas lembrou que "todo o Caminho do Imperador está inserido em um pedaço de terra protegido que chamamos de unidade de conservação". 

"Essa unidade de conservação é integral, então ela possui regramentos mais rígidos para acesso. Por regra, através do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), as unidades de proteção integral precisam de uma autorização do gestor, que nesse caso específico, é o ICMBio", contou.

Questionada sobre a possibilidade de entrada no Caminho do Imperador mediante autorização para cicloturismo ou outra prática ciclística, a APA Petrópolis informou que as chances são remotas. A resposta vai de encontro à explicação de Maverick ao relatar que as unidades de conservação integral são bastante restritivas e "têm o regramento que chamamos de plano de manejo, onde o acesso é completamente proibido". A exceção à regra se dá por meio de uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal de Petrópolis que libera o acesso apenas aos moradores do Vale das Princesas.

Ação do ICMBio não é punição aos ciclistas


Anderson Maverick fez questão de reforçar que as ações do ICMBio não são uma punição aos ciclistas que frequentam o Caminho do Imperador e nem às pessoas que praticam esportes que não agridem o local, pois todos têm noção dos benefícios que essas práticas para a saúde e para o meio ambiente em geral. A questão fica grave quando o cenário muda e começa a haver perturbações.

"Todas as atividades que não agridem o meio ambiente seriam realmente benéficas até para a questão de educação ambiental e ampliação dos agentes de proteção por todo o território. No entanto, o que tem acontecido é que nem todas as pessoas pensam dessa forma. Tem gente que vai para lá para jogar carro, fazer retirada e movimentação de terra para fazer construções, retirar árvores, caçar animais", disse Maverick.

No ano de 2021, a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) publicaram o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (período 2019-2020) onde identificaram que restavam apenas 12,4% de vegetação nativa acima de três hectares desse bioma no país. O mapeamento do relatório técnico abrangeu o território dos 17 estados definidos no Mapa da Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica.

"Tento sensibilizar as pessoas para que não cometam irregularidades dentro de suas áreas de proteção ambiental. O ciclista é sempre bem-vindo em tudo, até no turismo", diz Anderson Maverick. O historiador e educador ambiental com frequência utiliza suas redes sociais para conscientizar sobre a importância da preservação. 

"Ali é um lugar excelente para a gente fazer atividade física, mas, pela regra, não pode porque é uma unidade de conservação integral", pontuou.

Como o ciclista pode fazer sem o Caminho do Imperador?


Durante a conversa com o blog Foto e Bike, o educador ambiental, Anderson Maverick, deu três alternativas para quem quiser ir de Petrópolis até o Vale das Princesas por um caminho semelhante.

"A sugestão é fazer um caminho que não pegue esse acesso por dentro da floresta. Existe um percurso que sai do ponto final do Rocio que desce e sai no Vale das Princesas: seria uma alternativa".

A segunda opção "é pedir autorização à unidade de conservação e eles vão analisar o pedido. A terceira possibilidade seria não fazer uma ação que bata de frente com o que a unidade de conservação rege, porque aí pode ter algum tipo de problema", concluiu.

Fotos: Davi Corrêa / Foto e Bike
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terça-feira, 12 de abril de 2022

Aliança Bike convida UCI a manter etapa brasileira da Copa do Mundo de MTB

Elite feminina no XCC da Copa do Mundo de MTB em Petrópolis


A Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) lançou um convite aberto à União Ciclística Internacional (UCI) em nome de toda a comunidade ciclística brasileira para que haja a manutenção de uma etapa Copa do Mundo de Mountain Bike no Brasil por muitos anos.

No texto, a Aliança Bike destaca que a realização da Copa do Mundo de MTB em Petrópolis (RJ), entre os dias 7 a 10 de abril "foi a consagração do amor de brasileiras e brasileiros pelo mountain bike: desde o mercado de bicicletas que se fez amplamente presente, até os milhares de amantes do nosso esporte que celebraram com cada atleta, de todas as categorias e nacionalidades".


A Copa do Mundo de MTB em Petrópolis reunião mais 20 mil espectadores e foi marcada pela boa organização e qualidade técnica da pista, conjunto elogiado por vários atletas que competiram no São José Bike Club.

"Somos um país continental com 220 milhões de habitantes, maior audiência da Copa do Mundo nas transmissões, terra natal de um dos maiores atletas da modalidade em atividade e com uma cultura crescente de praticantes do MTB. A etapa brasileira da Copa do Mundo, portanto, tem tudo para se tornar a grande celebração do mountain bike no Brasil e na América do Sul", continua o convite da Aliança Bike.

Idealizador da pista onde aconteceu o evento, Henrique Avancini relatou que nunca viveu algo parecido com essa edição brasileira da Copa do Mundo de MTB. "Já competi com os melhores do mundo na casa deles, e aqui foi diferente", comentou o ciclista de Petrópolis que também foi elogiado por Nino Schurter pelo trabalho em prol do esporte.

"Comprovamos que somos capazes de realizar a etapa mais vibrante de todas e, abrir mão disso, será uma perda imensa para o ciclismo mundial", concluí o convite.

Foto: Davi Corrêa
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"Esse é o ápice da minha carreira", diz Henrique Avancini

Henrique Avancini durante Copa do Mundo de MTB em Petrópolis


Dois dias após o fim da Copa do Mundo de Mountain Bike em Petrópolis, Henrique Avancini publicou um mensagem em suas redes sociais e compartilhou com os fãs o que vivenciou durante o fim de semana marcante para os apaixonados por MTB. "Até aqui, esse é o ápice da minha carreira", garantiu o biker brasileiro.

Ao cruzar a linha de chegada no domingo (10), Henrique Avancini estava na 13º posição e muito emocionado. O brasileiro chorava demais enquanto o público presente gritava seu nome em retribuição por sua dedicação ao esporte. No Instagram, Avancini disse que sonhava com o momento de fazer a bicicleta marcar a vida das pessoas.

"A bicicleta mudou o rumo da minha vida. Sonhei com um momento que pudesse gerar isso nas pessoas. Marcar os corações e criar novas percepções", disse Avancini. "É a primeira vez na minha carreira e vida que me preparo tanto pra algo (isso fiz várias vezes), não tenho uma boa performance (isso aconteceu algumas vezes) e não me sinto frustrado ou decepcionado (isso nunca aconteceu)", acrescentou o atleta da Cannondale Factory Racing.


Dias antes do início da Copa do Mundo de MTB em Petrópolis, Henrique Avancini já havia declarado em vídeo publicado pela Shimano que essa seria "provavelmente a única corrida em que já me sinto vencedor antes da primeira pedalada".

No Instagram, Avancini também garantiu que nunca viveu algo parecido com essa edição brasileira da Copa do Mundo de MTB. "Já competi com os melhores do mundo na casa deles, e aqui foi diferente", comentou o Henrique. O brasileiro ainda recordou de algumas conquistas ao longo de sua carreira como o título de campeão mundial de mountain bike maratona (XCM), em 2018, vitórias na Copa do Mundo e ter alcançado o primeiro lugar no ranking da UCI.

Natural de Petrópolis, cidade que sediou a abertura do XCC e XCO da Copa do Mundo de MTB nesse ano, Henrique Avancini disse que seus conterrâneos receberam "muito bem gente do mundo inteiro" e ainda destacou que seus maiores rivais agradeceram "pelo esforço em criar uma pista tão incrível".

Em entrevista concedida após o fim da disputa do XCO, o vencedor da prova, Nino Schurter destacou o crescimento da cultura do MTB no Brasil e falou sobre o trabalho feito por pelo brasileiro. "Agradeço também ao Avancini, por ter feito um trabalho tão bacana pelo esporte, aqui na América do Sul, principalmente no Brasil. É legal ver como o esporte tem sido desenvolvido pelas ações dele em seu país natal", disse Nino.


Henrique Avancini disputou o Short Track (XCC) e terminou na 4ª colocação. No fim da prova, o brasileiro foi até a mesa que fica após a 'Janela do Céu' e saudou o público presente no São José Bike Club. A segunda competição de Avancini aconteceu no domingo (10) quando correu no Cross Country Olímpico (XCO) e foi o brasileiro com o melhor resultado, chegando em 13º.

"Até aqui, esse é o ápice da minha carreira. Mas entendam que o esporte não precisa de mim pra ser grande e valorizado. Precisa de nós", disse Avancini. "Acreditem na força e potencial individual que cada um tem dentro de si. Estamos sempre muito mais próximos da grandeza do que imaginamos. Que esse momento não seja o fim, mas seja apenas o começo de algo muito maior. Obrigado Deus por me fazer brasileiro", concluiu.


Foto: Davi Corrêa
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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Léandre Bouchard é o ciclista que levou tombo assustador na Copa do Mundo de MTB em Petrópolis

Léandre Bouchard é o ciclista que levou um tombo grave na Copa do Mundo de MTB


O ciclista canadense Léandre Bouchard passou por um grande susto durante o treino que aconteceu antes do Short Track (XCC) da Copa do Mundo de Mountain Bike em Petrópolis, no dia 8. O ciclista levou um tombo impressionante, saiu desacordado e deixou o público preocupado.

O acidente aconteceu no final da última descida do circuito no São José Bike Park, cerca de 150 metros antes da linha de chegada. Em um vídeo publicado pelo Instagram Fala, Biker! é Henrique Avancini e um companheiro da Cannondale Factory Racing passando e, em seguida, surge Léandre Bouchard já caindo.


Naquela descida os ciclistas atingiam cerca de 50 km/h. Com a queda, Léandre ficou desacordado e precisou ser retirado pela equipe de socorro presente na Copa do Mundo de MTB.

No dia seguinte ao ocorrido, Léandre Bouchard comentou que em seu Instagram que "apesar da velocidade superior a 50 Km/h, perda de consciência e grande impacto no meio das costas e ombros, não tenho nada quebrado. Na semana anterior à Copa do Mundo, o ciclista canadense já havia competido na pista participando do XCC e do XCO da Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB), onde conseguiu o 5º e 7º lugar nas respectivas disputas.

Veja abaixo o vídeo do Fala, Biker! sobre o tombo de Léandre Bouchard na Copa do Mundo de MTB em Petrópolis.


Foto: Davi Corrêa
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Nino Schurter vence em Petrópolis e conquista sua 33ª vitória em Copa do Mundo de MTB

Nino Schurter vence Copa do Mundo de MTB em Petrópolis


O público presente no São José Bike Club, em Petrópolis (RJ), viu Nino Schurter comemorar muito ao fazer história mais uma vez no mountain bike. O suíço conquistou sua 33ª vitória em etapas da Copa do Mundo de MTB e está empatado em número de vitórias com o francês Julien Absalon. Maxime Marotte e Vlad Dascalu completaram o top 3.

A disputa elite masculina no Cross Country Olímpico (XCO) se manteve equilibrada até os últimos metros quando Nino Schurter deu um sprint e cruzou a linha de chegada na frente de Maxime Marotte. A prova foi finalizada em 1h26min52 e decidida no photo finish. Vlad Dascalu chegou em terceiro, apenas três segundos atrás. O pódio ainda contou com o dinamarquês Sebastian Fini, em quarto, e Filippo Colombo, da Suíça, em quinto.


Sete vezes campeão geral da Copa do Mundo de MTB e nove vezes campeão mundial, Nino sempre figurou entre os líderes da disputa. Aos 35 anos, mostrou a ótima forma com uma incrível reta final de prova. Muito ovacionado pelo público brasileiro, Nino Schurter vibrou bastante com o resultado e se emocionou durante as entrevistas após a prova.

"Foi muito legal vencer aqui. Os fãs brasileiros são insanos pelo mountain bike e eu os amo. Só tenho que agradecer pelo apoio que me deram", agradeceu Nino. "Durante a prova eu pensei se decidiria nas subidas da última volta. Quando passamos na reta oposta a chegada, eu tentei acelerar, mas percebi que Marotte e Dascalu estavam na minha rota. Então, eu sabia que na última subida seria tudo ou nada. Dei meu melhor, o Marotte me passou e eu sabia que ainda faltavam muitos metros para a linha de chegada”, disse. 

“Foi nos últimos metros mesmo. Vencer corridas como essa, em que você tem que batalhar até o metro final, é legal demais. Foi uma das vitórias mais saborosas e vou guardar para sempre”, declarou Nino.

Com o retorno do público às provas da Copa do Mundo de MTB, o suíço ressaltou os mais de 20 mil presentes que agitaram o São José Bike Club, no Vale do Cuiabá, neste domingo.

"Foram dois anos sem presença maciça de público e eu estava sentido falta disso. Vir para o Brasil, com tantos fãs, foi legal demais de ver. Eu realmente amo os brasileiros. Eles são loucos pelo esporte e vivem por isso. Só posso dizer obrigado aos torcedores. Estou muito agradecido pelas pessoas que fizeram a festa do lado de fora da pista”, comentou o vencedor. 


Nino Schurter também destacou o crescimento da cultura do MTB no Brasil. O suíço falou sobre o trabalho feito pelo Henrique Avancini e parabenizou as ações do brasileiro em favor do esporte.

“Agradeço também ao Avancini, por ter feito um trabalho tão bacana pelo esporte, aqui na América do Sul, principalmente no Brasil. É legal ver como o esporte tem sido desenvolvido pelas ações dele em seu país natal”, destacou.

Destaques também para Marotte e Dascalu, que abriram mais de 50 segundos de vantagem para o quarto colocado, o dinamarquês Sebastian Fini. O desempenho do trio foi, inclusive, um dos pontos ressaltados pelo francês.

“Foi uma boa corrida. Acredito que nós três, Nino, Vlad e eu, fomos os protagonistas do começo ao fim. Lutamos pela vitória desde o início. Chegamos juntos na subida final, tentei ficar na frente deles, mas perdi no sprint. Honestamente, estou desapontado, porque sigo em busca da minha primeira vitória em etapas da Copa do Mundo. Faz parte do jogo, o Nino foi mais forte do que eu e é assim que é”, lamentou o francês.

Avancini vai às lágrimas no fim do XCO


Melhor brasileiro na prova, o petropolitano Henrique Avancini cruzou, em lágrimas, a linha de chegada em 13º lugar – chegou a completar em segundo na segunda volta. Ele foi ovacionado pelo público, que gritava “Avança, Avança” a todo momento. Avancini, que não conseguia conter a emoção, agradecia a todo momento à torcida que entoava gritos de apoio. O petropolitano ainda foi cumprimentado por outros atletas em reconhecimento por seu grande esforço em ter trazido esta etapa da Copa do Mundo para o Brasil. Emocionado, Avancini falou sobre o momento vivido.

Avancini emocionado ao fim da Copa do Mundo em Petrópolis


“Foi o momento mais especial, intenso e marcante da minha carreira. Eu gostaria muito de ter entregado um resultado muito melhor do que entreguei nas duas provas. Para mim, o dia de hoje mostra o significado de uma vida dedicada ao esporte. O carinho e o apoio intenso que recebi das pessoas, é algo inexplicável. É a prova de que valeu a pena dedicar a vida a isso. Faria tudo de novo, as mesmas renúncias e as mesmas escolhas. Porque esse fim de semana foi especial para mim e para o esporte que eu amo tanto.”

O Brasil também foi representado por Luiz Henrique Cocuzzi (31º), Ulan Galinski (38º), Kennedi Sampaio De Oliveira (51º), Nicolas Machado (53º), Guilherme Muller (54º), Bruno Martins Lemes (56º) e Wolfgang Soares Olsen (60º).

Top 10 – Elite masculina XCO


1- Nino Schurter (SUI) – 1:26:52
2- Maxime Marotte (FRA) – 1:26:52
3- Vlad Dascalu (ROU) – 1:26:55
4- Sebastian Fini (DEN) – 1:27:47
5- Filippo Colombo (SUI) – 1:27:48
6- Pierre De Froidmont (BEL) – 1:27:59
7- Luca Braidot (ITA) – 1:28:32
8- Thomas Litscher (SUI) – 1:28:33
9- Alan Hatherly (RSA) - 1:28:42
10- Ondrej Cink (CZE) - 1:28:49

Fotos: Davi Corrêa e Ney Evangelista
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domingo, 10 de abril de 2022

Em Petrópolis, Rebecca McConnell conquista sua primeira vitória em Copa do Mundo de MTB

Rebecca McConnell vence Copa do Mundo de MTB em Petrópolis


O último dia de competições da Copa do Mundo de Mountain Bike começou a com a prova da elite feminina no Cross Country Olímpico (XCO), no domingo (10). O público presente no São José Bike Club, em Itaipava – Petrópolis (RJ) viu uma disputa intensa que terminou com a primeira vitória da australiana Rebecca McConnell em uma etapa de Copa do Mundo. A neerlandesa Anne Terpstra ficou em segundo e a francesa Loana Lecomte fechou o top 3.

O início da prova teve a francesa Loana Lecomte ditando o ritmo do pelotão da frente. Lecomte, que liderou metade da disputa escapada, conseguiu abrir vantagem de 14 segundos para Rebecca McConnell, até então segunda colocada, nas duas primeiras voltas. A alternância de posições entre as cinco primeiras colocadas ditava a competição, que levantava o público a cada volta completada.


Rebecca, na quarta volta, assumia a liderança, que ainda teve Anne Terpstra ocupando o posto. A indefinição sobre o resultado final e quem seria a grande vencedora agitava ainda mais o público, que na última volta, vibrava a cada passagem das atletas. Com um final de prova forte, a australiana, que se mantinha no pelotão de frente durante toda a disputa, cruzou a linha de chegada na liderança, e foi para os braços da galera.

“Vencer aqui diante deste público, provavelmente o maior que já vi em uma etapa de Copa do Mundo, é muito especial e incrível. O momento em que cruzei a linha de chegada, eu jamais esquecerei na minha vida. Fui conservadora no início. Me preocupei com a temperatura e com a hidratação o tempo todo. Geralmente não sou a ciclista que dita o ritmo na frente do pelotão, então procurei observar as adversárias e como elas se comportavam. Aproveitei a oportunidade que tive na volta final e conquistei a vitória”, analisou McConnell.

Anne Terpstra, que terminou na segunda colocação, falou sobre a pista e o quão ela exige dos atletas. “O percurso foi muito difícil, principalmente fisicamente. Essa é a realidade do mountain bike, mas eu amei correr aqui. Eu acho essa pista muito boa para a Copa do Mundo, e foi muito bom estar aqui. Consegui um grande resultado e estou muito satisfeita”, completou.

Melhor brasileira do XCO da Copa do Mundo em Petrópolis


A melhor brasileira nesta etapa da Copa do Mundo de Mountain Bike na elite feminina foi a goiana Raiza Goulão, que terminou na 31ª colocação. Raiza, que fez uma prova de recuperação, falou sobre as dificuldades enfrentadas na prova, e a energia do público presente no São José Bike Club.

Raíza Goulão durante Copa do Mundo de MTB em Petrópolis


“Pode não ter sido o resultado mais expressivo da minha carreira, mas foi, de longe, o mais expressivo para o meu coração. Rolou uma queda na minha frente, e por isso larguei na última posição e consegui me recuperar. Minha meta era o Top 20. Sabia da minha realidade, e estava muito próxima disso, mas furei o pneu na última volta", disse Raiza.

"Tive que colocar um pouquinho de força no pedal, e consegui recuperar algumas posições. Me senti muito bem durante a prova, acho que estava no páreo para ficar entre as 20. De qualquer forma, só tenho a agradecer à torcida, à organização da Copa do Mundo. Essa energia da galera que vai me levar em frente na temporada 2022. Eu estou voltando”, completou.


O Brasil também foi representado por Letícia Jaqueline (40º), Hercília Najara (42º), Luma Diniz (45º), Aline Simões (46º), Paula Regina Novais (48º), Isabella Lacerda (51º).

Top 10 - Elite feminina XCO


1- Rebecca McConnell (AUS) - 1:29:41
2- Anne Terpstra (NED) - 1:29:58
3- Loana Lecomte (FRA) - 1:30:19
4- Laura Stigger (AUT) - 1:31:25
5- Mona Mitterwallner (AUT) - 1:31:34
6- Caroline Bohé (DEN) - 1:32:15
7- Linda Indergand (SUI) - 1:33:20
8- Alessandra Keller (SUI) - 1:33:57
9- Kate Courtney (USA) - 1:34:01
10- Anne Tauber (NED) - 1:34:06

Fotos: Davi Corrêa
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